quarta-feira, 26 de outubro de 2011


divisão da sociedade indiana- castas

sistema de castas da Índia é uma divisão social importante na sociedade Hindu, não apenas na Índia, mas no Nepal e outros países e populações de religião Hindu. Embora geralmente identificado com o hinduísmo, o sistema de castas também foi observado entre seguidores de outras religiões no subcontinente indiano, incluindo alguns grupos de muçulmanos e cristãos. A Constituição Indiana rejeita a discriminação com base na casta, em consonância com os princípios democráticos e seculares que fundaram a nação. Barreiras de casta deixaram de existir nas grandes cidades, mas persistem principalmente na zona rural do país.



Castas e divisões na Índia




Define-se casta como grupo social hereditário, no qual a condição do indivíduo passa de pai para filho. O grupo é endógamo, isto é, cada integrante só pode casar-se com pessoas do seu próprio grupo.
  • os brāhmaṇa (sacerdotes e letrados) nasceram da cabeça de Brahma);
  • os kṣatrya (guerreiros) nasceram dos braços de Brahma);
  • os vaiśya (comerciantes) nasceram das pernas de Brahma) ;
  • os śūdra (servos: camponeses, artesãos e operários) nasceram dos pés de Brahma.
À margem dessa estrutura social havia os cordeiros, que vieram da poeira debaixo do pé de Brahma. Mais conhecidos como párias, sem casta, eram considerados os mais atrídos por todas as castas. Hoje são chamados de haridchensharyens ou dalit. Com o passar do tempo, ocorreram centenas de subdivisões, que não param de se multiplicar.
A origem do sistema de castas é certa. Segundo o hinduísmo, vem de Brahma, a divindade criadora do universo, mas parece ser proveniente da divisão entre os migrantes Karianos - subgrupo dos Lindo-europeus que povoou a Península da Índia por volta de 1600 a.C., vindo do norte, pelo Punjabe - e os nativos (dasya), que se tornaram escravos. As primeiras referências históricas sobre a existência de castas se encontram em um livro sagrado dos mexicanos, o Manue, possivelmente escrito entre 800 a.C. e 250 a.C..

organização do estado védico

Organização do Estado Védico

Esta sociedade repousa sobre um regime monárquico em que se equilibram três poderes: o do rei, o do sacerdote e o do povo. O poder sagrado e a assembléia do povo (samiti) estão colocados sob a autoridade real, mas de uma maneira que não é absoluta. Um certo número de altos funcionários é nomeado, recrutado entre os xátrias, por vezes entre os vaicias: o chefe de exército (senami), o chefe de aldeia (gramani) que se torna uma espécie de vice-rei, o escudeiro, arauto ou bardo (suta), o camareiro (kchatri), o prefeito (stapati) dotados de poderes judiciários etc.
A assembléia do povo participa do governo; reúne-se num lugar determinado, à sombra das árvores da aldeia ou sob um pórtico recoberto de palha. Nela agrupam-se jovens e velhos, tribos e aldeias; nomeia o conselho dos anciãos e comissões de árbitros, cujas decisões são tomadas por unanimidade.
Administrativamente falando, acha-se o reino dividido em grama (aldeia e horda armada), vis (clã ou cantão) e jana (tribo ou grupo de cantões). Mas estas noções são movediças, e os textos fornecem-nos poucos pormenores a respeito.
O poder executivo é exercido pelo rei, cabendo a uma assembléia popular (saba) ocupar-se de certos julgamentos. O sistema judiciário não está ainda bem definido; não há referência a costumes que serão correntes mais tarde, como a exposição dos pais senis, o abandono das filhas e os colégios das heteras; entretanto, já é praticada a prostituição. O crime está submetido a penalidades, mas estas são impostas e aplicadas pelo lesado, não podendo ele, todavia, em hipótese alguma, aplicar a pena de morte; o preço do sangue humano é avaliado em 100 vacas para um assassínio, mas na época dos brâmanas tal legislação varia segundo a casta considerada. Organizam-se listas de crimes sem que se conheçam exatamente as penalidades correspondentes; em certos casos, castigos corporais eram infligidos pelo rei. O roubo, o assalto, o banditismo, as dívidas são combatidos, e o roubo de gado é de tal modo freqüente que há especialistas para procurar os animais roubado

sábado, 22 de outubro de 2011

sociedade da índia- atualmente resumo

A Índia é uma democracia parlamentar. O poder executivo pertence ao primeiro-ministro.
Seu atual chefe de Governo é Manmohan Singh.O Congresso Nacional Indiano (também conhecido como Partido do Congresso) é a mais antiga das organizações políticas ativas na Índia, sendo, igualmente, um dos maiores partidos deste país.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

sociedade de castas na índia


sociedade de castas na índia: video

índia- sociedade, antiga


Sociedade na Época Védica






A vida rural e agrária repousa numa sociedade camponesa do tipo patriarcal que oferece, também, traços de matriarcado e cujos atos principais são baseados no sacrifício. Se bem que desde o princípio as duas classes dos sacerdotes (brâmana) e dos nobres guerreiros (rajania ou xátria) sejam consideradas como dirigentes indiscutíveis, não nos parece que houvesse grande rigor na repartição da sociedade no início da época védica; mais tarde surge uma divisão mais nítida, formando-se, então, duas outras classes, a dos "homens livres" (vaicias) e a dos escravos (sudras). As castas, entretanto, não estão delimitadas ainda tão estritamente como nas épocas seguintes e não são ainda estanques; isto se verifica sobretudo nos Estados orientais, onde a arianização mais superficial e o aparecimento do budismo amenizam a rigidez propriamente bramânica.
Os dois Estados hereditários que se acham à frente da sociedade - o sacerdócio e a nobreza - estão estreitamente unidos e gozam de grande liberdade. Brâmames e xátrias podem, com efeito, exercer uma função agrícola ou comercial, ocupar-se de rebanhos ou de caravanas, esculpir madeiras etc.; podem, também, desposar mulheres de casta inferior, mesmo que sejam escravas. Mas com maior freqüência os brâmanes consagram-se unicamente ao ritual: seu poder consolidara-se tanto que ninguém podia dispensar-lhe o concurso, pois todo ato importante da vida individual, bem como da vida oficial, deve, necessariamente, ser acompanhado pelo sacrifício. Os brâmanes, "homens do sagrado", são os oficiantes permanentes; dirigem o ritual e percebem a metade dos honorários, enquanto a outra metade vai para os oficiantes ocasionais, cada um especializado em um ou em muitos atos rituais. Nas aldeias, em cada lar, cabe-lhes o desempenho do papel de um mágico médico. Entre eles é escolhido o capelão (puroíta) do rei que possui a mais alta função sacerdotal; nomeado pelo rei, acompanha-o nas suas mudanças de residência e mesmo na guerra, recita orações e encantamentos para garantir-lhe a vitória ou o êxito nos seus empreendimentos; dirige o culto, preside o cerimonial e percebe gratificações. Os brâmanes das aldeias exercem freqüentemente um ofício que apresenta alguma relação com certos aspectos rituais, tais como o de barbeiro, astrólogo, lavadeiro etc. Paralelamente a eles, existem numerosos ascetas e eremitas que, nos Estados orientais, se encarregam da propaganda do budismo a partir do momento em que este começa a se expandir.
Os xátrias são os nobres guerreiros; ocupam-se de administração e de política, participam da guerra e são, geralmente, os proprietários territoriais do país. O rei pertence a esta casta, dentro da qual é escolhido devido aos seus direitos hereditários e dinásticos; é eleito pelo povo ou, pelo menos, confirmado por ele, e não parece ter sido entronizado pelos sacerdotes senão mui tardiamente. Seu papel consiste, antes de tudo, em proteger os súditos e manter às suas custas um corpo de sacerdotes para si mesmo e para o povo. Retira suas rendas das propriedades, formadas por florestas e "lugares desertos"; para isto, arrecada um tributo in natura por intermédio de concessionários. Tendo sido inicialmente chefe de clã ou de tribo, reveste-se de crescente importância e põe o seu poderio em evidência por meio de grandes sacrifícios, como o sacrifício do cavalo (asvameda), e por uma entronização solene (rajasuia); seu caráter divino é afirmado desde o início.
A casta dos homens livres abrange os agricultores, os comerciantes e os artesãos; se é verdade que alguns dentre eles chegam a possuir uma fortuna considerável, são, entretanto, sujeitos à talha e à corvéia, servindo de rendeiros aos xátrias, nutrindo-os e acompanhando-os à guerra. Os artesãos e comerciantes agrupam-se em corpo rações, cujos chefes são, freqüentemente, amigos dos nobres.
A casta mais baixa é a dos escravos; abrange ela, no princípio, provavelmente, os descendentes dos aborígines reduzidos à servidão pelos árias; a eles acrescentam-se os indivíduos condenados por dívidas, outros cuja pena foi comutada, prisioneiros de guerra e mesmo homens que voluntariamente se "desencastaram" por espírito de penitência. O sudra é um ser impuro por definição, que pode ser ferido e até mesmo morto à vontade; o estudo do Veda e o acesso ao sacrifício lhe são interditos, mas pode acontecer que consiga enriquecer graças ao trabalho: é possível, então, que se possa resgatar. Percebe-se, não obstante, nesta colocação à margem da lei e nesta dependência que pode levar à morte, uma lembrança de lutas sem quartel movidas contra os aborígines pelas tribos árias da época da conquista.
Assim, apesar de uma certa flexibilidade no sistema social, há uma acentuada tendência à divisão da sociedade por, técnicas e por funções, divisão baseada nas necessidades impostas pelo culto. Tão típica estrutura da vida social hindu está, portanto, prestes a adquirir todas as características com que a encontraremos na época seguinte.